03
Jul21
Quando o novo mundo for um velho mundo já não meu
Não sei a sorte que me espera quando o novo
mundo for um velho mundo já não meu,
a que nem velho ou novo eu pertencerei,
perdido, antigo, esquecido, ingrato,
podendo ser jovem como a ciência pura,
a ciência impossível, a ciência impalpável,
jamais revelação ou sarça ardente.
Excerto do poema Arrecadação (II)
Post-Scriptum (1960)
in Poesia I de Jorge de Sena