Sei que Sepúlveda sempre irá pertencer ao meu imaginário e eu ao dele
Começámos a ler História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar a dois.
Pausamos constantemente a leitura para falarmos sobre ela. Aliás, tem sido uma leitura muito conversada e já tinha saudades de ler assim.
Há muito tempo que não lia Sepúlveda e não consegui conter o choque quando soube da sua morte à mercê da pandemia, no ano passado. Para mim ele era já imortal e mantive-me em negação até hoje.
Quando li a dedicatória que o autor escreveu neste livro, a sua mortalidade atingiu-me em cheio:
Aos meus filhos Sebastián, Max e León, os melhores tripulantes dos meus sonhos.
Sei que ele sempre irá pertencer ao meu imaginário e eu ao dele. É assim a imortalidade na literatura.