Simplesmente, porque a poesia torna os meus dias mais bonitos
Confesso que nunca fui uma grande leitora de poesia.
Quando escolhia livros para ler, o meu olhar raramente recaía em poesia, sempre em prosa.
Tudo mudou quando comecei a ler alguns autores que eram mais poetas do que escritores e ler poesia tornou-se inevitável.
Foi ao reler Sophia que fui definitivamente reconquistada pela poesia. Foi tão subtil a conquista que nem me apercebi que estava já enredada nos encantos da escrita em verso.
Percebi-o agora com Jorge de Sena. Li a sua poesia sem parar até que um dia decidi ler os seus contos. Por entre longos parágrafos a saudade dos versos cutucava-me. Tentava esquecê-la, mas sempre voltava. Só se apaziguou quando voltei a ler poemas.
Os livros mudam-nos, de facto, e já não sou a mesma leitora.
Agora anseio por poesia a todas as horas do dia e salpico poemas aqui e ali pelas intermitências da prosa que ando a ler.
Simplesmente, porque a poesia torna os meus dias mais bonitos.