Sobre a publicação indiscriminada de livros
A partilha de um excerto da entrevista à Bárbara Bulhosa, editora da Tinta da China, gerou uma discussão bastante pertinente aqui no blog. Aliás, convido-vos a lerem a entrevista integral para que o excerto fique devidamente contextualizado.
Gostei muito da interação que este tema trouxe ao Livrologia, mas quero apenas esclarecer que a intenção desta partilha não era de todo concentrar o foco da discussão na própria editora, mas na publicação indiscriminada de livros que muitos editores publicam sem ler na íntegra, muitos deles publicados com graves erros estruturais de sintaxe e gramática, sem ajudarem o autor a evoluir, publicando sem qualquer sentido crítico, só para garantirem uma novidade no escaparate. Isso não é produzir mais literatura, apenas imprimir mais livros.
Acredito que é apontando o que está errado que se pode melhorar construtivamente. Como leitores e consumidores de livros devemos fazê-lo e exigir, quer qualidade aos nossos autores, quer o mínimo de sentido crítico a quem os escolhe publicar.
Em resposta ao comentário anónimo, se Einstein considerasse inútil "caracterizar coisas que estão erradas", a Teoria da Relatividade nunca teria visto a luz do dia, assim como outras grandes descobertas da Humanidade.