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Livrologia

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26
Jan22

The old man stood outside for a time and then walked home

He decided to go home, to his station, but before doing so he wanted to see his poor Dounia once more. With this end in view he called on Misnky again a couple of days later; but the orderly said to him sternly that his master was not seeing any one, and, almost pushing him out of the entry, banged the door in his face.

The old man stood outside for a time and then walked home.

in The Stationmaster de Alexander Pushkin

26
Jan22

Puro realismo pushkiano

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O ambiente de The Stationmaster vai-se alterando à medida que os acontecimentos vão ocorrendo. Inicialmente a estação que estava localizada numa rota entretanto abandonada era acolhedora, luminosa, tornando-se cada vez mais sombria e sem vida.

Além disso, há um claro cuidado com que o fluir da narrativa seja semelhante à vida real, bem como os detalhes que são descritos com muita objectividade, sem grandes abstracções estilísticas. As personagens são profundamente humanas, pessoas reais, que poderiam ser encontradas à época em qualquer local.

Até a ambiguidade do final da história é similar à da vida real.

É o mais puro realismo pushkiano.

23
Jan22

Uma ambiguidade existencial fatal e sem retorno

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Esta pequena história de Pushkin - a minha pequena fuga à sua poesia - apesar de concisa e aparentemente muito simples, esconde dilemas humanos, temperados com alguma crítica social.

As primeiras páginas revelam de imediato o conflito de classes, quando nos apercebemos da existência de uma espécie de tabela que estabelece a ordem social, da pessoa mais importante à mais insignificante. Claramente que o chefe da estação encontra-se no fim da tabela, cedendo até a sua própria cama a um oficial que finge adoecer.

Acompanhamos também a dimensão da desigualdade entre riqueza e pobreza, não só ao nível das diferentes condições de vida, mas também como o dinheiro é valorizado. Enquanto os ricos o desperdiçam de forma fútil, os pobres poupam cada tostão em prol da sua sobrevivência.

Todos estes extremos acabam por provocar uma espécie de corrupção moral, em que a pobreza é facilmente manipulada e aproveitada pela riqueza, acabando num abismo de destruição quase inevitável.

Pushkin apresenta-nos os dilemas humanos como fazendo parte de uma ambiguidade existencial fatal e sem retorno.

Não é por acaso.

The Stationmaster foi publicado em 1830, um ano de grande conflito revolucionário em toda a Europa. Nessa época circulavam pelos russos intelectuais ideologias republicanas e constitucionais, apoiadas por sociedades secretas e Pushkin pertenceu a uma delas.

22
Jan22

I have friends among the honourable company of station-masters

Those officials, so cruelly maligned, are, generally speaking, peaceable men, obliging by nature, of sociable disposition, modest in their ambitions, and not too grasping. Much that is interesting and instructive my be gathered from their conversation, which the travellers do wrong to despise. As for myself, I confess I prefer their talk to that of some important official travelling on government business.

It is not difficult to guess that I have friends among the honourable company of stationmasters. In fact, the memory of one of them is precious to me. Circumstances drew us together once, and it is of him I now want to tell my kind readers.

in The Stationmaster de Alexander Pushkin

07
Jan22

Ciclo de Leitura| Aleksandr Pushkin

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Tudo sobre: Aleksandr Pushkin

 

Contos em Prosa Completos:

O Tiro

Noites Egípcias

A História da Aldeia de Goriúkhino

Dama de Espadas

Dubróvski

A Casinha Solitária da Ilha Basílio

A Fidalga Camponesa

O Czar Saltan, o valoroso herói Gvidon Saltanovich e a formosa Princesa Cisne

Conto da Czarevna Morta e dos Sete Guerreiros

O Prisioneiro do Cáucaso

A Filha do Capitão

O Negro de Pedro o Grande

O Chefe da Estação

A Tempestade de Neve

 

Antologia Poética:

O Cavaleiro de Bronze e Outros Poemas

Eugene Onegin

 

Poemas Narrativos:

O Cavaleiro de Bronze

Boris Godunov

05
Mar21

Porque raio Pushkin iria escrever sobre os chefes de estação?

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Estas histórias que estou a ler de Pushkin surpreendem-me a cada página que viro. 

Esta que comecei a ler - The Station-Master - colocou imediatamente um ponto de interrogação ao meu pensamento: porque raio Pushkin iria escrever sobre os chefes de estação?

Obviamente que alguém como ele pode dar-se ao luxo de escrever sobre o que quiser, ainda assim decidi pesquisar pela estranheza do tema e prontamente fui esclarecida pelo próprio, que revela a sua empatia por quem exerce a profissão:

A few words more: during twenty years in succession I have travelled up and down Russia in all directions; I have been on almost all the posting routes; I have known several generations of drivers; there are few station-masters whose faces are not familiar to me and with whom I have not had something to do; I hope to publish in the near future an interesting collection of my travelling impressions; meanwhile I shall only say that the class of station-masters has been grossly misrepresented to the public.

in The Station-Master de Alexander Pushkin

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