Yazykov foi muito apreciado pelos outros escritores e poetas.
Mirsky comparou-o a Derzhavin pelo "seu poder de ver a natureza como uma orgia de luz e de cor". Segundo ele, os seus poemas mais conhecidos, dedicados ao elogio do vinho e da folia, provocavam nos seus leitores uma embriaguez quase física.
Gogol declarou Yazykov o seu poeta favorito. Dizia ele que Yazykov falava "a sua língua, como um árabe com o seu cavalo selvagem".
Simbirsk foi o local para onde Yazykov partiu depois de toda a loucura e excessos da sua vida estudantil.
Depois de muitas noites longas regadas a álcool decidiu regressar à aldeia onde nasceu, buscando refúgio e tranquilidade durante vários anos, para "desfrutar da preguiça poética", segundo ele.
Mas a sua saúde cada vez mais deteriorada pelos excessos não lhe deu tréguas de tal modo que Yazykov nem conseguia caminhar. Passou os últimos anos da sua vida doente até ao seu último suspiro.
Viro a página e passo de Baratynsky - o poeta do pensamento - para Yazykov - o poeta da folia e da liberdade.
De um extremo ao outro entro pela poesia festiva do amante da liberdade, onde se canta a glória ao vinho, onde se celebra a diversão.
Os poemas dionísicos de Yazykov exaltavam os arrebatamentos sensuais e espontâneos da natureza humana e eram adorados pela classe estundantil da Universidade de Dorpat, onde estudava filosofia.
Pushkin em jeito de troça dizia que Yazykov tinha bebido inspiração da fonte de Castália onde jorrava champanhe, não água.
We love our noisy feasts, We love our wine and gaiety And we'll not let mere social tasks Destroy the gifts of wild, free spirit; We love our noisy feasts We love our wine and gaiety.
Our August's looking wintry But what is that to us! We drink, we celebrate and sing With gaiety, and elegance and glee. Our August's looking wintry But what is that to us!
There are no scepters here, or chains, We are all equal, all are free, Our minds are not in others' thrall, Our passions all are noble. There are no scepters here, or chains, We are all equal, all are free,
And even should the Tsar arrive, We would not set our glasses down. Or should God's thunder strike our feast, We would not halt our merriment. And even should the Tsar arrive, We would not set our glasses down.
Friends! Lift your glasses to the sky! We vow to nature's sovereign: "We'll share our sorrow and our joy, And place our hearts at freedom's feet!" Friends! Lift your glasses to the sky! We vow to nature's sovereign:
Let freedom, wine and gaiety From now on be our deities! We offer them our thoughts and words! We offer them our work and play!" Let freedom, wine and gaiety From now on be our deities!