Um grande défice de notícias cor-de-rosa escandalosamente picantes
Estamos com um grande défice de notícias cor-de-rosa escandalosamente picantes. Tudo o que tenho lido tem sido entediante. Não sei se o escandaloso se tornou rotina estatística ou se sou eu que estou mais exigente nos níveis de desavergonhice.
O Correio da Manhã já não me proporciona ais de espanto como antigamente. Ou está a perder as suas capacidades mágicas de entretenimento e de provocação ou está a perder a sua criatividade para o António Costa que, esse sim, tem sido uma revelação inusitada de talento para entreter o povo português
Entretanto, não sei o que se passa com as revistas cor-de-rosa, completamente adormecidas no seu soninho de papel couché, limitando-se a fazer copy/paste das publicações dos famosos nas redes sociais. Já nem se levantam da cadeira para perseguir ninguém a alta velocidade (que os combustíveis estão caros), nem para fotografar os famosos em poses menos próprias ou desnudos (porque eles próprios já o fazem), nem se atrevem a revelar aqueles rumores picantes (que isto da privacidade e dos processos judiciais são uma chatice e muito maus para o negócio).
Mas nem tudo está perdido.
As páginas de papel - macio, brilhante, suave - têm sido um deleite para a minha gaveta das meias.