Um prémio para os profissionais de saúde
Espreito os jornais e ao virar de cada página pergunto-me 'quando é que tudo isto acaba?'.
A PSP anda atarefada a dispersar festas, os infectados são cada vez em maior número na área de Lisboa e Vale do Tejo e um médido, após dois dias de voz rouca é internado nos Cuidados Intensivos e a vida que o alimentava esvai-se.
Não bastasse o absurdo das mortes que esta pandemia tem provocado, António Costa declarou que a Champions "é um prémio para os profissionais de saúde".
O absurdo subiu um nível com esta frase, com a atribuição de um prémio desprezível, porque os profissionais de saúde precisam de muito mais do que um jogo de futebol da Liga dos Campeões para a sua luta diária pela vida, a sua e a dos outros.
Noel Carrilho, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), declarou ao jornal Público qual o prémio que os profissionais de saúde querem receber:
Os profissionais de saúde não querem medalhas nem jogos de futebol. Querem é ser reconhecidos da maneira que é normal em qualquer profissão, com melhores condições de trabalho.