William Faulkner| Quem olha a água de um rio no primeiro dia de Maio
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Para este manuscrito de 1926, tão intimamente ligado ao monólogo mais mordaz de The Sound and the Fury, e concebido como oferta para uma jovem que lhe recusara casamento, Faulkner escolheu um título que não deixa dúvidas quanto às suas intenções de permear a alegria tradicional do primeiro dia de Maio com uma certa tristeza: o etnólogo Arthur Palmer Hudson, conhecido de Faulkner e recentemente falecido, recolheu no Mississipí algumas provas da existência da crença popular segundo a qual alguém que olha a água de um rio no primeiro dia de Maio verá o rosto daquele ou daquela com quem casará.
No início de Primeiro Dia de Maio, Sir Galwyn tem uma visão que lhe revela nas «águas escuras e agitadas... um rosto bastante jovem, vermelho e branco, com um longo cabelo brilhante».
Carvel Collin in Introdução de Primeiro Dia de Maio de William Faulkner